13 de jul. de 2008

Obentô [お弁当]

Hoje fui ao 15° Festival Tanabata de Ribeirão Preto e como sempre não sabia um monte de coisas. Uma delas era o que é Obentô. Como eu experimentei um monte de coisas que eu não conhecia, na vez do Obentô já não cabia mais nada, mas mesmo assim fiz uma pesquisa e achei interessante o que eu encontrei:


Obentô [お弁当] ou bentô [弁当] como é mais conhecido popularmente, é uma espécie de marmita japonesa onde uma refeição completa é disposta dentro de uma caixa (obentô bako).

Estima-se que o obentô tenha surgido na Era Kofun, a partir do costume de viajantes e agricultores que levavam uma espécie de alimento portátil, chamado hoshii [干し飯井] (arroz cozido e posteriormete exposto ao sol para secar, transformando-o num alimento não perecível), ao local de trabalho. A forma de consumo era simples: bastava mergulhar em água morna, ou mastigá-lo como um senbei (bolachas feitas a partir de arroz).

A forma mais próxima do obentô conhecido nos dias de hoje surgiu na Era Azuchi Momoyama. Os alimentos eram contidos em luxuosas caixas de madeiras laminadas, na época conhecidos como yusanbentô [遊山弁当], e consumidos durante a apreciação das flores de cerejeiras (hanami) [花見] ou da mudança de tons das folhas do momiji, [もみじ] que durante o outono passam do verde para o amarelo, depois para o castanho avermelhado até que caem no inverno.

Na Era Edo, o obentô ganhou uma versão mais simples. Os viajantes carregavam uma versão simples, chamada de koshibentô [腰弁当], que recebeu este nome por ser tranportado na região lombar (koshi). O koshibentô consistia em vários onigiri (bolinhos de arroz) acondicionados em kouri (caixas feitas de casca de bambu ou galhos de salgueiros trançados) e posteriormente embrulhados em panos (furoshiki) e presos à região lombar.

Kouri [行李] - caixas feitas de casca de bambu ou galhos de salgueiros trançados

Os obentô mais comuns desta época consistiam basicamente em onigiri e umeboshi (ameixa azeda em conserva). O makunouchi-bentô [幕の内弁当] (obentô de intervalo entre atos de uma peça teatral) também surgiu nesta época. Como o nome diz, os espectadores de teatro Noh e Kabuki levavam consigo este obentô, composto de onigiri, omelete e legumes cozidos, para consumir durante os intervalos da apresentação.

O ekiben [駅弁] (obentô vendido nas estações de trem) surgiu na Era Meiji, junto com a implantação de rede ferroviária. Há registros de que o primeiro ekiben vendido, foi na estação ferroviária de Utsunomiya em 16 de julho de 1885, contendo dois onigiri e uma porção de takuan (conserva de nabo) embrulhados em folhas de bambu. Atualmente o ekiben é preparado de acordo com os ingredientes típicos de cada região.

A partir da década de 80 o obentô se popularizou com a introdução de microondas na cozinha e a proliferação das konbini (lojas de conveniências) . Atualmente existem diversos tipos de obentô, normalmente com diferentes tipos de legumes, peixes e arroz branco. A grande maioria da população japonesa ainda tem como hábito preparar e levar seus próprios obentô para o trabalho, escola, viagens, eventos esportivos etc.

O objetivo do obentô, já não é mais restrito à alimentação. Montar uma refeição que agrade os olhos também é importante. Assim, é comum as mães japonesas prepararem um obentô decorado, elaborado e divertido para incentivar seus filhos a comerem todo o almoço.

A razão considerada ideal para montar um obentô equilibrado é de uma porção de proteína para duas porções de vegetais ou frutas (fibras e vitaminas) e três porções de arroz (ou outro carboidrato), sendo considerada uma razão de 1:2:3.

O tempo dedicado para o seu preparo é considerado importante, pois o que faz esta técnica única é o tempo e dedicação investidos em criar uma refeição balanceada e bonita.



Fontes:
http://lunch.nomaki.jp/knowledge/knowledge_01.htm
http://blogs.yahoo.co.jp/okome_meister/31172865.html
http://www.nippobrasil.com.br/2.historia_jp/index.shtml
http://web-japan.org/kidsweb/ja/virtual/bento/bento02.html
http://justbento.com/handbook/bento-basics
http://waraku.main.jp/wanochie-3-bento.htm

Fonte: Publicado por Haruna Koide, no site Nipocultura.

Imagem é tudo...

Realmente a "propaganda é a alma do negócio"... E numa sociedade tão ligada à estética, nem se fala. Vejam as imagens abaixo (e no site tem mais um monte...) e não digam que se vcs estivessem no mercado, com um p... fome e uma p... pressa, só de olhar a embalagem vcs não levariam algum desses produtos?


4 de jul. de 2008

De bobeira...


Tirei a semana de folga e não fiz nada de útil... Se alguém um dia também se sentir à vontade para fazer 'nada'... ^^
Eu representei o meu 'eu-lírico'... rs

1 de jul. de 2008

Corderosices

Uma vez a pessoa mais fofa do mundo postou esse poema em um espaço virtual... Tive de roubá-lo e homenageá-la... Ela é linda e tem o sorriso mais amarelo vibrante que eu já senti... ^^

É a minha irmã gêmea, minha amiga, minha mariposinha, uma linda bonequinha... Alguém que enternece meu coração...

Lívia...

Hoje acabou-se-me a palavra,
e nenhuma lágrima vem.
Ai, se a vida se me acabara
também!

A profusão do mundo, imensa,
tem tudo, tudo - e nada tem.
Onde repousar a cabeça?
No além?

Fala-se com os homens, com os santos,
consigo, com Deus... E ninguém
entende o que se está contando
e a quem...

Mas terra e sol, luas e estrelas
giram de tal maneira bem
que a alma desanima de queixas.
Amém.

"Amém", de Cecília Meireles