23 de ago. de 2010

¡Hola chicos!

¡Hola chicos! ¿Cómo están?

Escrevo em ritmo costariquenho em homenagem aos meus companheiros “mosquitólogos” que bateram asas até à Costa Rica essa semana que passou. Só não fiquei com invejinha por estar aqui em Paris ao redor de caixas e caixas de mosquitos, mas tenho certeza que perdi grandes momentos por lá... (Quem já viu o Renatinho – vulgo Lazarento – hablando espanhol sabe o que eu estou dizendoJ)

Bom, após uma semana beeem enferrujada (mãe, eu não torci o pé, eu dei um mal jeito, nada grave J), sexta eu já estava quase nova e não perdemos o fim de semana! (Ufa!)

A semana foi chata... Rendeu pouco e com algumas dores... Pelo menos as aventuras gastronômicas em casa salvam sempre o dia. Exceto pela guerra que vem sendo travada entre o arroz orgânico integral Bio e eu. Ele não cozinha! Acaba que nós sempre comemos ele mais durinho do que o normal mesmo para um arroz integral. 2x0 para ele. Mas essa semana eu viro o jogo, aguardem os próximos capítulos.
O Arroz, salada e linguicinha


Também na seção gastronômica da nossa vida parisiense tem a saga pelo marrom-glacê de Paris, que não é de batata-doce! É de uma castanha portuguesa. Quem deu a dica foi a Vera (esposa do meu orientador J), que quando esteve aqui comeu e amou! Achamos apenas o creme de marrom, nada dos docinhos glaceados ainda, e foram eles que estabeleceram parte do nosso trajeto de fim de semana.

Fomos num mercado muito grande (La Grande Épicerie de Paris – para quem quiser ir: 38 Rue de Sèvres 75007 Paris, hehehe, eu recomendo!) onde tem tudo e mais um pouco, mas não tinha o marrom-glacê L. Ele fica junto ao Le Bon Marché (www.lebonmarche.fr), outra galeria de lojas aqui da França, na Rive Gauche. Um pouco de informação: o edifício foi construído em 1869 pelo arquiteto Alexandre Leplanche, e foi o primeiro prédio da França à utilizar a estrutura metálica de Gustave Eiffel, que para a época, foi considerada uma arquitetura revolucionária e quando o prédio ficou pronto em 1887 estava criada a loja de novidades mais vasta do mundo. Diferentemente das outras galerias, essa é mais vazia e tranqüila, com bem menos turistas, talvez por isso seja uma das preferidas pelos parisienses.

Chapelle Notre Dame de la Médaille Miraculeuse
Lá também fica a Capela da Nossa Senhora da Medalha Milagrosa (Chapelle Notre Dame de la Médaille Miraculeuse), na rue du Bac. De acordo com a história, nesta Capela, a Virgem Maria apareceu em 1830, a uma noviça das Filhas da Caridade, Santa Catarina Labouré, para oferecer ao mundo uma medalha. Aí, quando aconteceu em fevereiro de 1832, uma grande epidemia de cólera, onde cerca de 20.000 pessoas morreram, as Filhas da Caridade começaram a distribuir as primeiras medalhas e começaram a aumentar as curas, e assim o povo de Paris chama então a medalha de "milagrosa". Diferente da maioria das igrejas, a capela é ilumida e cheia de cores, suaves. É silenciosa e agradável. Nada como a balada da Sacre-coeur e a bagunça de turistas da Notre Dame de Paris. As pessoas podem comprar as medalhinhas e há uma freira que as abençoa. É um ambiente muito tranqüilo e de muita paz, muito simples e sem ostentação. E a freira faz uma oração muito bonita, além de ser muito amorosa e simpática. Em anos acho que esse foi um dos poucos espaços religiosos que me senti muito bem. Ah, mesmo os turistas que vão lá são silenciosos e educados. Bem diferente do que encontramos no Louvre e Sacre-coeur, por exemplo.

Aproveitamos que chovia e fomos tomar um café. Finalmente! Não tomava café desde que saí de Ribeirão Preto. E olha que é bem bom! Nada como o cháfé da Argentina. Deu até uma animada depois disso! Antes disso tudo, descemos no metrô Saint-Germain-des-Prés, onde fica a église Saint-Germain-des-Prés!!! É um bairro conhecido como “o bairro ligado à vida intelectual da cidade”, muito pela presença de livrarias e alfarrabistas (sebos em português de Portugal,  J) nas suas ruas. Hoje é marcado pela presença de lojas de marcas famosas, mais do que freqüentada pelos intelectuais. Mas o mais interessante (para mim J) foi uma espécie de feirinha (quase hippie) com muitos artefatos russos. Além das famosas Matrioshkas, muitos artefatos trabalhados com âmbar russo! Colares, anéis, pingentes, brincos... Procurei mas não vi nenhum inseto lá, hahaha! Também artesanato em vidro e gemas preciosas. Também barracas com lenços e chapéus, mas isso nós encontramos em todas as esquinas de Paris! J

Almoçamos no MacDo. Quis provar o lanche típico aqui da França! Meu deus! O lanche é maior que o Big Mac! Muito bom, não é gorduroso, o pão parece o ciabatta, o hambúrguer é grelhado e o queijo é um branco, não sei qual ao certo. Mas muito grande! Aí, vem a reflexão: o mito das “porções pequenas”. Pode ser que nos grandes e famosos restaurantes de comida vraiment française as porções sejam reduzidas, mas no dia a dia, nos restaurantes onde todo mundo come, boulangeries, épiceries, pâtisseries, etc, as porções são muito grandes! As baguetes são imensas e super recheadas, as pizzas individuais são enormes, as refeições são grandes (entrada, prato principal e sobremesa), as saladas também! Os franceses comem muito bem obrigado! Além de variedade e qualidade (muita salada, frutas, iogurte e pouca gordura) a quantidade é muito generosa! Não rola pedir um menu MacDo se você não estiver varado de fome. E o mesmo vale para as pizzas e baguetes! J

Sim, eu estou falando bem da comida francesa. Sentimos muita falta da nossa comida brasileira (especialmente sucos naturais e frutas!), mas dá para passar muito bem aqui e cozinhando em casa, dá para comer bem e barato. É só abrir mão da carne vermelha (um bifinho bem mais ou menos custa cerca de 10 reais). Bem diferente do que eu senti na Argentina, para comer bem tem que gastar bastante (e não achei tão boooom, as saladas daqui são muito melhores!) e comer barato não é saudável. Vou sentir falta das comidinhas da França sim, especialmente as que fazemos em casa! J Essa semana rolou de prato principal um salmão assado com creme de champignon! Mais saladinha e arroz integral. J
Salmão e salada!

Voltando ao nosso trajeto... Nesse mesmo sábado fomos conhecer a Paris moderna. Fomos ao maior centro financeiro da cidade de Paris (e o maior centro empresarial desenvolvido na Europa), chamado La Défense (nome em memória a resistência oposta pelos franceses às tropas prussianas na guerra de 1870-1871). Fica na extremidade ocidental de Paris, ao longo do famoso Eixo Histórico, que começa no Louvre, no centro de Paris, e continua ao longo da Champs-Élysées, através do Arco do Triunfo, até culminar em La Défense, onde encontramos o Grande Arco (Grande Arche de la Défense), com cerca de 110 metros de altura, quadrado, moderno e sem graça. Lá encontramos os maiores e mais altos edifícios da área urbana de Paris. O arco foi construído em 1989, no bicentenário da Revolução Francesa, projeto de um arquiteto dinamarquês chamado Otto von Spreckelsen, e simboliza “uma janela aberta ao mundo”.
Lugar muito legal que vale a pena visitar. Mas descobri que gosto mais da Paris das construções antigas J. Parece mesmo outro lugar! Atenção para o monumento de “Dedão” que tem lá, hahaha, lembrei do gato da minha amiga que é apaixonado pelo meu dedão do pé, hahaha, se ele visse esse dedão Buba, ia ficar louco! J

A estação de metrô de lá lembra a rodoviária de Ribeirão preto antes da reforma, bem feinho e sujo lá. Passear de metrô aqui também é interessante. Cada metrô é de um jeito, nada muito padronizado. Enfim, andamos muito e vamos para casa, porque no domingo iríamos no Zoo! J

Sim, iríamos, pois choveu muitoooo! Mas mesmo assim fomos ao Museu de Paleontologia e Anatomia Comparada do Museu de História Natural. Passeio mais que recomendado aos Cursos de Ciências Biológicas que propõem disciplinas de Anatomia Comparada em suas grades. Eu não tive nem anatomia muito menos histologia e embriologia comparadas, apesar do meu histórico dizer que sim! J

O prédio divide a exposição em três andares. O primeiro com vertebrados atuais, o segundo fósseis e o terceiro invertebrados fósseis. Muitos esqueletos completos, ossos, órgãos, fósseis (réplicas e verdadeiros)! E o prédio, mais antigo, compõe o clima bem “antigão”, além das etiquetas feitas à mão sei lá em que século (final do XIX, começo do século XX). Gostei! Muitos animais expostos foram estudados pelo próprio Cuvier e muitos dos exemplares expostos tem a sua história contada lá, por exemplo, um rinoceronte do Jardin des Plantes do começo do século XIX, depois que morreu foi estudado pelo Cuvier. Ele é menor que a Galeria de Evolução, menos “Uau!!”, mas excelente! Quem gosta de paleontologia e/ou morfologia comparada e/ou vertebrados vai curtir muito! Eu adorei! Apesar de que a seção de invertebrados é bem abandonada... Claro, com os holofotes virados para os trilobitas e amonites gigantes! J

Depois, fomos à estufa (Serre), com uma parte reservada às florestas tropicais, uma à flora da Nova Caledônia, flora de ambientes desérticos e uma com várias plantas “fósseis-vivos” e seus respectivos fósseis juntos. Muito bonita, nunca havia ido à uma estufa, mas o mais engraçado foi ver o pessoal daqui embasbacado com a vegetação tropical, equivalente à um jardim bem cuidado aí no Brasil. Talvez por isso eles sempre perguntem para nós quando sabem que somos brasileiras “Vocês já foram na Amazônia?”! Hehehehe... J

Ah, não posso esquecer de contar! A estufa é bem mal-organizada. Saímos para a outra parte da exposição sem ver as plantas desérticas, achando que era possível voltar. Não era. Aí, fomos pedir informação para uma senhora que trabalha com as informações da Estufa. De cara ela mandou eu comprar o bilhete. “Já comprei senhora, quero saber onde fica a exposição de plantas do Deserto”. Ela olhou para mim “Já viu tudo e não viu as plantas do deserto?”, e eu “Sim é isso”, e ela “Você não tem dois olhos não?”. Uma fofa. Mas deixou nós voltarmos e vermos (com os meus quatro, não dois olhos, afinal uso óculos J) as suculentas e cactáceas! Hehehe Ah, o bom humor francês... Definitivamente não sentirei saudades!

Bom, aí, tomando chuva, fomos almoçar (às 17h, pois perdemos a noção do tempo lá no museu) e depois para casa...

Bom, sempre tem mais a ser dito. Mas fico por aqui. Frio frio hoje! Vamos aquecer na luz da lupa, hahaha!

Um grande beijo para todos!

15 de ago. de 2010

Copia e cola!

Bom, não sou de da Madonna, mas respeito o trabalho dela e como ela manteve sua projeção na mídia e sua carreira. Recentemente, o seu namorado/modelo/dj/brasileiro Jesus Luz, resolveu tomar à frente quanto às polêmicas (ótimo a conotação de "polêmica" no mundo da música pop!) entre Madonna e a (por enquanto famosa) Lady Gaga. Ele postou uma montagem de vídeos das duas artistas e escreveu: "Coincidência, inspiração ou cópia?".
Hahahaha, com certeza a intenção (claro que não foi coincidência e dificilmente inspiração - vale a pena "fuçar" no passado da mocinha e ver que ela não era fã da Madonna) é reproduzir uma fórmula de sucesso e dinheiro com uma roupagem menos anos 80, parecendo ter originalidade... Vale a pena ver o vídeo, pois além de divertido e curioso, ele mostra bem que em qualquer área, "copiar é a alma do negócio". Pelo menos em Ciência as referências aparecem no final do artigo, não? :P

11 de ago. de 2010

Mais de Paris!

Olá!!!
Essa semana não está das melhores, hehe... Um pouco de dor no pé (dei mal jeito num paralelepípedo), segunda acordei com um super torcicolo do qual venho me recuperando bem! Também um pouco lenta aqui no museu... Por mais que a saudade bata forte, bateu também a noção do que são apenas quase três meses para conhecer uma coleção, encontrar o material, separar o material, estudar a morfologia e preencher uma matriz (além de outras coisinhas). Hahaha, eu achei que seria moleza e sobraria tempo!!!! Ingenuidade...  Mas mesmo assim o aporte de informação, conhecimento, idéias e organização das mesmas tem sido esplêndido. Só falta pegar no tranco essa semana... Mas vai ver que além de todos os torcicolos e adendos é também por conta do frio que começou (frio para mim, porque para eles aqui está uma delícia, hehe), enfim, Europa com cara de Europa! J

Jardim do Les Halles
Mas para compensar, semana passada foi muito bom. Estudei bem um grupo de gêneros (os de probóscide longa) e preenchi uma parte (ínfima L) da matriz... Já deu para perceber alguns problemas... Mas também surgiram algumas idéias... Mas passarei para o “turismo”, já que a descrição do trabalho no museu é compreensível apenas para uma parte de vocês! J

Sábado foi chato. Talvez porque já estejamos cansadas de andar todooooos os fins de semana... Não sei, pode ser. Mas é quando podemos sair, uma vez que o museu fecha mesmo!

Mas então, o sábado... Fomos explorar os arredores do nosso bairro a pé... Mais igrejas lindíssimas, castelinhos, jardins floridos, tudo muito lindo, mas o de sempre. E tirando fotos de um desses jardins trombei sozinha numa grade (quem me conhece bem sabe como sou capaz dessas proezas!) e estou com dois roxos enormes e doloridos, um no braço e outro no quadril!!!! Ah, gostei de uma rua (rue de La Banque) repleta de lojinhas para numismatas, moedas e dinheiros de todas as épocas e lugares!

Parc Buttes Chaumont
Parc Buttes Chaumont
Então seguimos para um parque, por indicação do nosso amado André J, chamado Bouttes Chaumont. Lindo, com cachoeira e tudo mais... Mas repleto de subidas, subidas e mais subidas! Sem contar os quase 10 lances de escadas do metrô que tivemos de subir porque eu não quis esperar o elevador... L Além do que não achamos um bom mercado para comprar nosso almoço e comemos queijinho (muito bom!) com refrigerante e só! Sim, estávamos exaustas. Ainda no parque, tomamos um sorvete. Péssima idéia, além de eu estar com cólicas (tinha esquecido esse detalhe!) meu estômago ficou ruim! Mas vamos que vamos, e pegamos um ônibus aleatório para algum lugar, afinal Paris é pequena não corremos mais o risco de nos perder facilmente!


Ônibus: lotado!!!! E vamos para onde? Cemitério Père Lachaise, local de descanso de váááárias celebridades.  Péssimo! Por quê? Lá vai:

Primeiro: não gosto de cemitérios;
Segundo: não sou fã de nenhuma das celebridades que está lá (talvez o Cuvier, mas nem tanto);
Terceiro: fui porque “todo mundo vai”;
E quarto: Só subida!!!!! Foi lá que machuquei o pé e inflamei um nervinho (estou me sentindo com muito mais que 27 anos essa semana! J)

Mas deixando de ser rabugenta... Tem coisas bonitas lá, alguns túmulos, o crematório e o jardim deste último. Mas é bonito para quem gosta, eu não gosto! J
Túmulo do Oscar Wilde

Depois, continuamos caminhando... Chegamos à praia de Paris, mas nesse dia choveu! J Estava muito quente e de repente fez um frio considerável à beira do Sena... Andamos mais um tantão em busca de mais um ônibus qualquer, não achamos e pegamos metrô mesmo!

Grand Galerie d'Evolution
Cansadas e um poucos frustradas com o passeio de sábado, pouco foi dito sobre o que fazer no domingo. Acordamos tarde, e despretensiosamente decidimos ir à Galeria de Evolução do Museum national d’Histoire naturelle! Perfeito! Compensou todo o sábado!

Lá lembro por que desde tão cedo (6 anos) escolhi estudar Biologia! Voltei à infância! Animais de todos os tipos, de todo o mundo, salas de projeções com vídeos, guias de leituras, dioramas interativos, pôsteres atraentes, grandes temas por andar... Além de gostar muito da organização do museu, adorei a estética, luz, tudo! Claro que por trás dessa minha euforia eu deixo escapar alguns probleminhas... Alguns dioramas quebrados, sem luz, alguns cartazes muito escondidos, ausência de monitores... Mas nada que faça muita falta. Ah, algo que eu notei nos museus daqui (em todos que visitei até agora) é que nas galerias sempre temos cadeiras, sofás, banquinhos para descansarmos. Parece irrelevante, mas considerando o tamanho das exposições acaba se tornando algo fundamental.

E algo impressionante também, e que eu acho muito bom, é a quantidade de famílias visitando os museus (não turistas, mas parienses mesmo). Eles se interessam, lêem, discutem, se admiram, muito bom ver isso! Na seção de animais extintos havia uma senhora ao meu lado, que se admirava em cada diorama, com cada animal! Lia tudo, inclusive chegava muito perto para ler os quadros dos dioramas que estavam sem luz!

Além da exposição permanente, fomos à exposição temporária “Dans l’ombre des dinosaures” (Na sombra dos dinossauros). Mais moderna e interativa, terminando com uma reflexão para o público. Muito bem pensada!

Raviolis
Depois, mesmo muito cansadas, demos uma volta pelo Jardin des Plantes e pegamos mais dois ônibus aleatórios para jantarmos num restaurante chinês (hahaha, estamos na França e saímos para comer comida chinesa!) os tão famosos raviolis (guioza de salsão com gengibre).

Falando nisso, Paris é um local muito bom para quem é vegetariano. Além da variedade, os pratos são bons. Muita salada, com variedade, pizzas, massas, comidas orientais (como já provamos vááárias), carne de soja e ontem provamos um “quibe” de fava. Muito bom!!! Nós reclamamos da comida daqui, mas na verdade é que a gente sente muito com a diferença de hábitos. A comida daqui é boa sim. Bem boa... Vou sentir falta do croissant, dos queijinhos, das saladas, de alguns docinhos... Mas ainda gosto mais da nossa!

Falando ainda de comida... A França já foi bem famosa pelo consumo e preparo de carne de cavalo. Hoje é muito difícil de encontrar. Inclusive encontrei adesivos pela cidade (especialmente no metrô) fazendo apelos para que não seja mais consumida a carne de cavalo. Até aí tudo bem. Cada um defende o que acredita, comer carne ou não comer. Mas o que achei engraçado que esse apelo não vem de vegans ou vegetarianos... São de grupos de pessoas que comem carne de vaquinha, de porquinho, de franguinho, peixinho... Achei engraçado... Porque matar e comer a vaquinha, o porquinho, o franguinho, o peixinho, o patinho (tem muito foie gras nos mercados) e não o cavalinho? Achei um pouco incoerente... Alguém brincou e me disse “Porque não foi a vaquinha que lutou junto aos soldados nas frentes de batalhas...”, se realmente for isso, aí que vou achar mais incoerente mesmo...
Praça da Bastilha

Ah, a frustação foi tanta que esqueci... Fomos à famosa praça da Bastilha e... E nada. Apenas um monumento bem sem graça (comparado à tudo ao que já vimos)  e sem nada em volta.

Bom, foi isso. Depois disso comecei a dar pane, hahaha. Preciso recuperar logo a saúde e o ânimo. Acho que recuperando a primeira, o segundo vem junto! J

Até o relato hoje foi breve! Ah, descobri o nome da minha colega de sala! Nelly! J

Beijos!!!

Ser feliz ou estar feliz? Eis a questão... :P

    O texto abaixo foi extraído da Revista Galileu. Sim, tem bem um estilo auto-ajuda, mas acho que o sucesso dos livros e programas de auto-ajuda tem um significado. E o próprio texto abaixo explica um pouco do que eu creio ser esse significado.
    Fiz tudo o que fiz até hoje (amizades, escolha da profissão, decisões...) para ser feliz. Cresci num ambiente feliz, com pais maravilhosos que me ensinaram que não importa quantos e quais problemas batam à sua porta, enfrente os mesmos sempre com um sorriso na boca (por mais dolorido que seja) e logo tudo estará bem de novo. E ao longo dos meus 27 anos tem funcionado bem, e olha que os problemas têm batido constantemente à nossa porta.
     Mas também encontrei por aí, fortuitamente (afinal, todos, mesmo a quem achamos indesejáveis, tem um papel importante em nossas vidas), pessoas amargas que por vezes argumentaram sobre a inexistência de Felicidade, a qual seria apenas mais um verbete, sinônimo de alegria, afinal, a vida é tão difícil...
    E é para alguns desses pobres sofredores (alguns, pois alguns desses se recusam à qualquer ajuda, seja de livros, amigos, psicólogos... pois eles têm a triste verdade da vida dentro de si) que se recusam a ao menos tentar olhar às suas próprias vidas por outros viés. E por isso mesmo, muitos deles olham para a vida do colega ao lado, não para a sua, pois como nos reality-shows televisivos recordistas de audiência, é muito mais simples e divertido opinar, decidir e direcionar a vida alheia. E pasmem, muitos desses pobres sofredores odeiam reality-shows! Curioso, não?
    Felicidade é estado de espírito. E independente de qualquer crença (faço parte de um meio repleto de ateus e também de teístas), se vamos para um outro local ou se apenas vamos terminar como parte do ciclo do carbono, por que viver uma vida miserável? Sim, não há felicidade plena. Todos os dias os jornais barbarizam com notícias terríveis, tropeçamos em pessoas dormindo nas ruas, pedindo comida, dinheiro, vemos pessoas se agredindo gratuitamente, se ofendendo, trapaceando... Mas se é assim, vamos fazer o quê? Aceitarmos a condição miserável do ser humano e esperar pelo céu ou pelo ciclo do carbono?
     Se temos todas essas "miseralidades" temos a panacéia disso tudo dentro de nós mesmos. Do mesmo modo que posso interpretar um livro diferentemente de você, interpreto a vida também. Vejo a felicidade como estado de espírito e procuro estar feliz sempre que possível para ser uma pessoa feliz, e sou! :D Sou feliz, constantemente, pelos meus pais, pelo país que nasci, pelo irmão que tenho... Sou feliz por coisas que sempre serão o que são. E estou feliz hoje porque comi melancia, porque vi um beija-flor numa flor roxa...
     Simples não? Eu acho simples. Mas nem tudo que é óbvio para mim é para você, certo?
***


Felicidade: construa a sua
JULIANA TIRABOSCHI
Um objetivo a cada vez
Simplicidade, foco e maturidade são fundamentais para quem quer encontrar sua fórmula de bem-estar
Simplificar a vida e definir o que é importante para você. Eis a última etapa da nossa busca pela felicidade. Avalie: você precisa mesmo daquele celular de última geração? Se achar que sim, vá em frente. Mas pense se não vale mais a pena investir o dinheiro em uma viagem, por exemplo. Segundo Tal Ben-Shahar, Ph.D. em psicologia e filosofia e professor de psicologia positiva na Universidade de Harvard (EUA), pesquisas mostram que uma vez que nossas necessidades básicas estejam supridas - alimento, abrigo e educação, por exemplo -, renda extra ou prestígio fazem pouca diferença.
Uma prova viva disso é Mitch Dorge, outro entrevistado pela psicóloga Sonja Lyubomirsky e ex-percussionista da banda canadense Crash Test Dummies, que atingiu relativo sucesso mundial no começo dos anos 1990 com o hit "Mmm Mmm Mmm Mmm". Na época, o músico concorreu ao prêmio Grammy, participou de programas como o "Saturday Night Live" e viajou pelo mundo. Mas as coisas começaram a dar errado. Ele saiu da banda, perdeu sua mansão e rompeu com a mulher. Hoje, vive próximo a Winnipeg (Canadá), em uma região pouco habitada e gelada, em companhia dos dois filhos pequenos. Em paz e envolvido com sua música. "Já tive dinheiro e fama. Agora não os tenho, mas meu nível de felicidade é o mesmo. Não há nenhuma diferença", diz Neil. Esse estilo de vida não funcionaria para todo mundo, obviamente. Mas o importante aqui é que o músico encontrou seu foco.
Às vezes, a promessa de ganhar um bom dinheiro motiva mudanças radicais. Esse é o caso de centenas de jovens jogadores de futebol que vão trabalhar em outros países. Em troca de um bom (às vezes milionário) salário, enfrentam obstáculos como idioma, comida, clima e diferenças culturais. Mas muitos não estão preparados. De acordo com o livro "Futebol Exportação" (Editora Senac-Rio), dos jornalistas Fernando Duarte e Claudia Silva Jacobs, dos 804 boleiros que em 2005 deixaram o Brasil, mais da metade retornou: 491.
Mania de acumular
Muitos ainda não têm a maturidade para adaptar-se a uma situação adversa, fator determinante no percurso rumo à satisfação, segundo os psicólogos. Esse foi o caso do jogador Denílson de Oliveira, atualmente no Palmeiras. Em 1998, com quase 21 anos e destacando-se no futebol brasileiro, o atacante foi comprado pelo time espanhol Real Bétis, tornando-se o jogador mais caro do mundo. "Era impossível recusar, mas se o contrato fosse assinado hoje eu teria reagido de outra maneira. A pressão para ser o melhor do mundo pesou muito", afirmou em entrevista aos autores do livro. Até seu jeito espontâneo atrapalhou a convivência em outra cultura. "Ser alegre me prejudicou. Você sorri e não te levam a sério", afirma Denílson.
Então por que ainda acreditamos que ter mais bens ou status vai nos trazer felicidade? Sob uma abordagem evolucionária, pode ser que nosso passado distante determine nosso comportamento atual. "Quando éramos coletores caçadores, o estoque de riquezas - comida, principalmente - determinava se iríamos sobreviver à próxima seca ou inverno rigoroso", afirma Tal Ben-Shahar. Estocar tornou-se parte de nossa existência, mas hoje acumulamos muito mais do que realmente precisamos.
Isso não significa que você não deve se preocupar com dinheiro ou trabalho. Afinal, a realização profissional também pode ser uma fonte de satisfação. Principalmente se você estiver envolvido com um trabalho que traga um senso de valor e pertencimento, cujos esforços resultem em efeitos palpáveis. "Isso vale tanto para a atividade de um médico quanto para a de um varredor de rua", diz o psiquiatra Hermano Tavares. Afinal, ambas as ocupações trazem um benefício para a sociedade.
A chave neste ponto é descobrir o que move você. Gretchen Rubin, a advogada do "Projeto Felicidade", dá seu palpite. "Quando me pedem conselhos de carreira, eu pergunto: 'O que você faz no seu tempo livre?' Sugiro que transformem isso em trabalho". Para Gretchen, pode ser difícil descobrir sua paixão, mas é fácil se lembrar do que você curtiu fazer nos últimos domingos. Ela mesma deixou um emprego bem-sucedido na Suprema Corte americana para se dedicar em tempo integral ao hobby de escrever. Alguém dúvida que Bill Gates, fundador da Microsoft, acertou em cheio quando transformou sua paixão por informática em trabalho?

5 de ago. de 2010

À plus!

E não é que hoje o dia começou surpreendente? Cheiro de sabonete no primeiro piso do metrô, cheiro de croissant quentinho no segundo piso, francês perfumado do meu lado e chego ao museu, hoje foi dia de limpeza!!! Cheguei mais tarde, mas com o feliz odor de lavanda por todos os corredores e os lixos que transbordavam vazios! Mas ainda são 11h55m da manhã, hehehe...

Desde o último e-mail, há muito para ser contado... Mega mercadão de Paris (no qual eu esqueci a máquina em casa e a da Pri estava sem bateria), Jardin du Luxembourg,  Panthéon de Paris, Tour de France, restaurante chinês/vietnamita, église de la Madeleine, subida ao Arc de Triomphe, Petit Palais, Grand Palais, restaurante tailandês, Hôtel de Ville, jantar no Les Halles, Musée des Arts et metiers (com a exposição temporária “Museo Games”), praia de Paris (Paris plage), jardin des Tuileries , Place de la Concorde e finalmente musée du Louvre!
Jardin du Luxembourg

Geralmente nosso planos de passeio não dão certo. Num sábado que iríamos ao Jardin du Luxembourg estávamos sem máquinas fotográficas e decidimos mudar o percurso, fazer um passeio menos “vistoso”. Fomos em uma outra galeria ao lado de um mercado super grande e com tudo que se pode imaginar, de frutas, legumes, peixes, especiarias, doces etc... Muito divertido. Ver a fruta da groselha! rs Só falta querer provar (eu não gosto de groselha!). Foi um dia tranquilho. Andamos pouco, chegamos cedo em casa, nada demais. Domingo, enfim, fomos ao Jardin du Luxembourg almoçar no gramado. Lugar lindo! Cheio de flores, gramado, pessoas lendo, dormindo, comendo, brincando, pensando... O castelo é lindo e enorme. Aliás, vale o adendo: já chegou o momento que está ficando difícil se surpreender com a arquitetura daqui, afinal tudo é grandioso e elaborado e antigo. O que antes era “que maravilhoso!” agora é “bonito também”. Mas o que não desmerece a arquitetura esplêndida dos antigos prédios daqui. 
Panthéon

E nesse mesmo dia, tropeçamos no  Panthéon de Paris, impressionante (também) de estilo neoclássico com várias celebridades sepultadas lá, como por exemplo Victor Hugo, Marie e Pierre Curie, Jean Jacques-Rousseau, Voltaire e Émile Zola.  Do ladinho temos a igreja de Saint-Étienne-du-Mont, a biblioteca de Santa Genoveva, a Universidade de Paris-I (Panthéon-Sorbonne, de Direito) e  a prefeitura do 5.º arrondissement. Todos prédios muito bonitos. Em seguida fomos até a Champs-Élysées fomos assistir o Tour de France (é uma competição ciclística dividida em várias, que acontece sempre em julho, representando uma volta por toda a França e que termina nessa avenida de Paris). Lotado também bem difícil de ver, mas com esforço assistimos um pouco. Eu acho particularmente bem chato assistir corridas, mas já que estávamos aqui, momento turista, certo? Depois de um pouco de corrida, voltamos para o Jardin du LuxembourgI para assistir à um concerto ao ar livre, Chopin. Muito bom, todos sentados, deitados na grama, silenciosos, apreciando a música. Perfeito! Bem melhor que um monte de moços dando voltas de bicicleta, hahahaha.

No mesmo dia, após o concerto, fomos convidadas para jantar com a moça que nos alugou o apartamento. E cuidado: aqui em Paris quem convida paga! Ela nunca nos deixa pagar nada quando saímos à convite dela... E não tem discussão. Quem é daqui nem se mexe, já sabe que é assim que funciona, hehehe. Mas enfim, era para ser um restaurante vietnamita, mas os donos estão de férias. Sim, aqui as pessoas saem mesmo de férias (é sagrado!) e fecham seus estabelecimentos. Ele re-abre hoje, talvez iremos lá. Mas então, fomos à outro restaurante, este chinês e  vietnamita misturados. Comida boa, dono engraçado e simpático, mas até as comidas não francesas são bem menos saborosas que as nossas! Sem sal! Mas valeu a pena. E conhecemos um quase “vrai français” (verdadeiro francês), porque ele nasceu nos EUA. A Ana queria que praticássemos francês com alguém fluente, afinal ela é mexicana. Muito simpático ele e muito viajado... Conhece bem dos problemas do povo francês e das diferenças entre vários povos. Talvez por isso bem simpático. Observei que todas as pessoas “vrai sympa” conosco não são “vrai française”. São imigrantes ou franceses filhos de imigrantes, ou do leste europeu, África, Ásia e América Latina.

Num outro dia, agora durante a semana, de noite (noite mas lembrem-se com o Sol “a pino”) planejamos ir num concerto  na église de la Madeleine, onde tocariam Vivaldi. A princípio seria gratuito, chegando lá, para estudantes, 20 euros!!! Não rolou, hehehe. Saímos andando por aí... Descobrimos a não menos bonita Église Saint Augustin e passeamos no Parc Monceau, um parque muito muito agradável. Amei! Muito bonito, arborizado, muitas flores... Um ambiente fantástico. Ficamos pouco, afinal TUDO fecha cedo em Paris (apesar de abrir tarde). E andamos mais um pouco e caímos no Arc de Triomphe! Bom, uma vez lá, por que não subir? Porque são 284 degraus? Sim, seria um excelente motivo, mas turista não pensa! hehehe Mas valeu muito a pena! Além da brisa (porque às vezes eu acho que Paris é Ribeirão Preto, calor terrível!) a vista é impressionante! Paris é muito pequena! E muito organizada estruturalmente. Ver as ruas e avenidas lá do alto confirma bem isso. E haja brasileiros pelo mundo! Não tem UM dia que não esbarramos ou escutamos a nossa última flor do Lácio, inculta e bela por aqui. Somos muitos mundo afora!

Na quinta, planejamos ir ver a exposição do estilista francês Yves Saint Laurent no Petit Palais. Adivinhem? Não deu certo! A exposição foi encerrada mais cedo aquele dia, hahaha. A Pri ficou desolada! Eu conheci o  Petit Palais, Grand Palais. O primeiro é um edifício histórico e museu de belas artes construído para a Exposição Universal de 1900, assim como o Grand Palais des Beaux-Arts, e fazendo parte desse conjunto arquitetônico, um pouco à frente temos a Pont Alexandre III, que atravessa o rio Sena. Ela é linda (também!), toda decorada com querubins, ninfas e cavalos alados e outros personagens que eu não sei identificar. Parece que o nome é em homenagem ao czar russo Alexandre III, devido à aliança franco-russa. A ponte nos leva ao L'Hôtel national des Invalides, construída por Luís XIV para abrigar os mutilados de guerra dos seus exércitos. Ainda se presta a isso atualmente, além de compreender alguns museus e prédios militares. Também estava fechado! J Então, para (tentar) compensar o dia difícil, fomos jantar num restaurante tailandês, esperando uma comida diferente e saborosa! Mas... Tudo muito bem feito, limpo, agradável e sem sal! hahaha...

Também ainda nessa mesma semana de planos não completados com sucesso, saímos andando ao sabor das ondas... Fomos até o Hôtel de Ville, onde ficam instituições do governo municipal. Ele é situado na Place de l'Hôtel-de-Ville (antes chamada de Place de Grève, por que será hein? J Apesar de ser um local marcado por diversas manifestações, diz-se que o nome tem a ver com cascalho, gravier em francês...). E o que tinha lá? Show de rap francês! Péssimo como em qualquer lugar (observação: eu não gosto de rap, para quem gosta, perdoem-me J). Já era tardeeee e passamos no que há de mais parecido com um shopping aqui, o Forum des Halles, rodeado pelo Jardin des Halles. Lá comemos pasta in Box! Isso mesmo, macarrão italiano servido igual aos macarrões das redes de fast-food chinesas.Muito bom, bonito, barato e sem sal! hehehe Não tem jeito!

Neste último sábado até que os planos se realizaram! Fomos ao Musée des Arts et metiers ver especiamente a exposição temporária “Museo Games”. Muito bom! O museu pertence ao Conservatoire national des arts et métiers e tem uma exposição permanente muito bem aproveitada, em termos de organização, interação e transmissão do conhecimento. E a exposição temporária, sobre a “evolução do Games” é divertidíssima, até para quem não é amante dos vídeo games, eu! Simples, pequena, informativa (não tanto quanto a permanente), interativa e muito divertida. Para todas as idades. Já a exposição permanente é um capítulo à parte. Conta a história de diversos ofícios, materiais, pesquisas... Vidro, energia elétrica, automóveis, computadores, tecelagem, comunicações, arquitetura, relógios... E mais uma infinidade... O prédio é lindíssimo, sem ar de “coisa velha” apesar de todas as antiguidades. Para mim, um exemplo de como é uma boa exposição museológica. Ela, se não atinge todos, atinge quase todos os objetivos de uma exposição. Foi muito bom ter ido lá antes para traçar um paralelo com o Louvre.

Após à visita, fomos almoçar na grama do museu e depois saímos caminhando... Chegamos a tão famosa praia de Paris(Paris plage), que está em todos os noticiários, pelo menos nos brasileiros, hehehe. Que divertido! Pessoas tomando sol em caixinha de areia em frente ao Sena, decorado com pequenos e sofridas palmeiras. Corredor com leves jatos de água para os transeuntes se refrescarem em quanto caminham (e refresca mesmo! J), música ao vivo embaixo da Pont Neuf (ou Ponte Nova, que por sinal é a mais antiga de Paris, J), quiosques, bebedouros e dança de salão ao vivo!!!! As aulas são gratuitas de segunda a sexta e sábado e domingo tem bailinho. Bailinho mesmo, com cadeiras para você sentar e ser chamado para dançar! Tem professores de dança junto e uma moça que toca acordeón. Até agora uma das melhores coisas de Paris! As pessoas sorrindo, de todas as idades, gêneros, nacionalidades, casais, famílias, se divertindo, sem esbravejamento, sem “à merd” o tempo todo, se ajudando, sendo apenas felizes por aquele momento! Coisa cada vez mais rara de se ver! Foi, além de divertido, muito bonito. Foram 3 horas muito bem aproveitadas! Pena que é só em julho... Faria muito bem ao mundo momentos como este diariamente! J

Depois que acabou fomos andando até o jardin des Tuileries para eu conhecer a Place de la Concorde, mais uma vez, tudo muito bonito!!!  A praça famosa, com as belas Fontaine des Mers e a Fontaine des Fleuves (fonte dos mares e fontes dos rios), é cheia de acontecimentos históricos, nem todos tão bonitos assim... Ver o Obelisco, que eu não sabia que havia sido presente de um vice-rei do Egito, Méhémet Ali.  E na verdade foram dois obeliscos de Luxor. O segundo foi devolvido. Como agradecimento (eu acho ou por diplomacia política) a França deu um relógio, o qual nunca funcionou... O sábado foi muito bom! Inclusive pela nossa singela mas saborosa refeição noturna: bruchettas  de alho poró! A Pri fez e ficaram ótimas, a melhor refeição em Paris até hoje!

E domingo... Finalmente o afamado musée du Louvre! Fica no Palácio do Louvre e abriga as famosas obras: Mona Lisa, a Vitória de Samotrácia, o Escriba Sentado, a Vénus de Milo, a Taça ática, o Retrato de Luís XIV, A Liberdade guiando o Povo, Psiquê revivida pelo beijo de Eros... E mais montes e montes de coisas bonitas. Digo coisas não desmerecendo o valor de cada obra. Cada uma traz consigo quilos de história, conhecimentos distintos e riquíssimos de cultura, hábitos, tendências, comportamento... Mas da maneira que estão alocadas no museu muitas dessas riquezas passam apenas a aparentarem ser coisas bonitas ou coisas muito bonitas. O Louvre é um palácio cheio de história (só o prédio já tem sua própria história que é muito interessante), esplendoroso (de novo!) mas que (ao meu olhar) passa a ser um “grande e belo depósito de maravilhas do mundo todo”. Ele é organizado, mas uma organização mais com ares de decoração do que com características de “contar história(s)”. É realmente tudo muito, muito, muito (coloquem muitos muito) bonito. Mas se você não sabe história, vai entrar lá, mergulhar numa atmosfera de “túnel do tempo”, se encantar com muitos objetos e obras belíssimas e sair sem saber muito mais do que já sabia. Falta interação, informação disponível (dioramas, cartazes... As etiquetas – quase todas apenas em francês – além do nome da obra trazem a informação de a obra pertence ao Louvre e nada mais), ou seja, uma organização museológica que dê algum objetivo à exposição que não aquela antiga assertiva atribuída aos museus “um local depositário de coisas velhas”. Na verdade, para mim, o Louvre ainda mantém o caráter hegemônico dos museus dos séculos XV e XVI predominantemente, mas que se estendeu até o século XIX. Assim os museus eram locais que não apenas acolhiam às artes e história, mas sim eram “objetos” utilizados para demonstrar o poder e a abrangência de suas nações através das riquezas de suas coleções, grande parte delas oriundas de conquistas e presentes de nações amigas, “menores”. É só uma impressão. Pode ser que visto o tamanho do museu e do acervo seja bem difícil repensar a exposição. Mas com um aporte de aproximadamente 9 milhões de visitantes por ano, não acho que seja impossível nem dispensável.

Mas sim, é bonito e vale muito a pena ser visitado, não é à toa que é um dos mais famosos museus do mundo. Mas a Mona Lisa... Que coisa mais sem graça! J

Bom, é isso.

À plus!