10 de mai. de 2009

Refletir...

O ser humano é triste. Naturalmente, ele é triste. Mas fazemos de tudo para parecer sermos felizes, por isso existem os amigos, a família, os jogos, a música, o álcool, as drogas, o sexo, só para citar as pricipais coisas que usamos para espantar a nossa natural tristeza.

Achamos que somos felizes por causa disso, mas quando você, concentrado em si mesmo, para para refletir profundamente sobre você, você se sente com frio e sozinho. Por isso, naturalmente, somos tristes.

Ninguém foge a regra.

O ser humano naturalmente é ser humano. Ele opta por sua condição.

Nossa condição é apenas humana, e inserida nela escolhemos sermos de fato felizes ou tristes. A maioria opta por ser triste mas fingir ser feliz. Quem opta por ser feliz e realmente o é, vive uma vida mais difícil, cheia de percalços e desilusões. Porque ser feliz não é a regra, é a exceção. Para ser feliz basta sê-lo. Não é necessário se apoiar em amigos, família, jogos, música, álcool, outras drogas, sexo e afins. Basta ser para ser feliz ou triste. Todas essas coisas são passageiras (inclusive família, amigos e tudo o mais) e um dia se perdem ou simplesmente acabam. Se isso acaba, se "torna" triste é porque você sempre foi triste. Você apenas ancorava sua mentira nesses alicerces. Você dependia disso para "ser feliz". Se você é feliz, simplesmente, as coisas vão e vêm e você se mantém feliz, mantém a beleza das coisas e da vida sempre em seu olhar.

Somos animais. Seres humanos, simplesmente animais. Que naturalmente querem ser algo que não são. Queremos generalizar a nossa condição de indivíduo. Sou um indivíduo triste e sou ser humano, portanto é condição intrínseca do ser humano ser triste. Isso acalenta. É mais fácil aceitarmos a nossa fraqueza e não lutar para mudar. Acomodar é mais cômodo. E me apoio na fraqueza alheia para ser fraco. Fujo de mim e olho para os outros. Busco a minha "felicidade" na tristeza alheia. Me sinto bem por me sentir importante para alguém.

Mas eu não preciso de ninguém. Humildade é para os fracos. Mas a humildade é característica dos que lutam e têm coragem de mudar.

Crescer e viver é cair, abaixar a cabeça e pedir uma mão alheia para levantarmos e seguirmos montanha acima.

Sentir-se frio e sozinho ao encontrar-se consigo medo é não conhecer-se, ou melhor, não ter coragem de se conhecer e enfrentar o risco de se assustar com quem és. Nem sempre somos aquilo que gostaríamos de ser ou que achamos o melhor. Se assumir é um risco a nós mesmos. Assumir o outro, a fraqueza alheia é mais simples. Somos fortes para o outro. Mas não suportamos o nosso próprio ser... É a bestialidade de acreditar na leveza... Ser é algo deveras pesado, e tentar ser leve é fugir e fechar os olhos para a vida...

Não existe unidade em nada. Portanto não existe apenas uma regra.

Queremos acreditar que todos estamos no mesmo balaio de gato. Mas cada um tem o seu balaio. Mas é muito solitário o balaio de cada um. Por isso cria-se um balaio para todos os seres humanos, para jogarmos lá dentro a condição humana da qual não podemos fugir... Será?

Sei bem por que escrevi isso. Porque tenho a rídicula mania de querer mudar o mundo. Esqueço que sou um grão de areia. E certas coisas me irritam.

Generalizações me irritam. Se há uma regra, ser exceção é a regra. Eu sou feliz. Isso me assusta. E cada vez mais acredito que sou mesmo. Meus valores são estranhos. Meus apegos. Tenho meu egoísmo, meu egocentrismo, minhas manias, meus grandes defeitos, e etc e tal... Mas conheço gente que compartilha das mesmas coisas que eu (ou imagino que sim). De modo dirente mas com a mesma essência. E é difícil ser assim. O mundo tenta te convencer que você é quem foge. Mas cada tombo que a gente leva e a cada que a gente acorda a gente vê uma realidade diferente... E é feliz por isso.

Mesmo tudo parecendo estar perdido e a gente parecendo estar sozinho...


T.S.M.

Pessoa...




"a realidade é que não te amo com os meus olhos que descobrem em ti mil falhas, mas com o meu coração, que ama o q eles desprezam, e apesar do que vê, adora se apaixonar”