11 de ago. de 2010

Mais de Paris!

Olá!!!
Essa semana não está das melhores, hehe... Um pouco de dor no pé (dei mal jeito num paralelepípedo), segunda acordei com um super torcicolo do qual venho me recuperando bem! Também um pouco lenta aqui no museu... Por mais que a saudade bata forte, bateu também a noção do que são apenas quase três meses para conhecer uma coleção, encontrar o material, separar o material, estudar a morfologia e preencher uma matriz (além de outras coisinhas). Hahaha, eu achei que seria moleza e sobraria tempo!!!! Ingenuidade...  Mas mesmo assim o aporte de informação, conhecimento, idéias e organização das mesmas tem sido esplêndido. Só falta pegar no tranco essa semana... Mas vai ver que além de todos os torcicolos e adendos é também por conta do frio que começou (frio para mim, porque para eles aqui está uma delícia, hehe), enfim, Europa com cara de Europa! J

Jardim do Les Halles
Mas para compensar, semana passada foi muito bom. Estudei bem um grupo de gêneros (os de probóscide longa) e preenchi uma parte (ínfima L) da matriz... Já deu para perceber alguns problemas... Mas também surgiram algumas idéias... Mas passarei para o “turismo”, já que a descrição do trabalho no museu é compreensível apenas para uma parte de vocês! J

Sábado foi chato. Talvez porque já estejamos cansadas de andar todooooos os fins de semana... Não sei, pode ser. Mas é quando podemos sair, uma vez que o museu fecha mesmo!

Mas então, o sábado... Fomos explorar os arredores do nosso bairro a pé... Mais igrejas lindíssimas, castelinhos, jardins floridos, tudo muito lindo, mas o de sempre. E tirando fotos de um desses jardins trombei sozinha numa grade (quem me conhece bem sabe como sou capaz dessas proezas!) e estou com dois roxos enormes e doloridos, um no braço e outro no quadril!!!! Ah, gostei de uma rua (rue de La Banque) repleta de lojinhas para numismatas, moedas e dinheiros de todas as épocas e lugares!

Parc Buttes Chaumont
Parc Buttes Chaumont
Então seguimos para um parque, por indicação do nosso amado André J, chamado Bouttes Chaumont. Lindo, com cachoeira e tudo mais... Mas repleto de subidas, subidas e mais subidas! Sem contar os quase 10 lances de escadas do metrô que tivemos de subir porque eu não quis esperar o elevador... L Além do que não achamos um bom mercado para comprar nosso almoço e comemos queijinho (muito bom!) com refrigerante e só! Sim, estávamos exaustas. Ainda no parque, tomamos um sorvete. Péssima idéia, além de eu estar com cólicas (tinha esquecido esse detalhe!) meu estômago ficou ruim! Mas vamos que vamos, e pegamos um ônibus aleatório para algum lugar, afinal Paris é pequena não corremos mais o risco de nos perder facilmente!


Ônibus: lotado!!!! E vamos para onde? Cemitério Père Lachaise, local de descanso de váááárias celebridades.  Péssimo! Por quê? Lá vai:

Primeiro: não gosto de cemitérios;
Segundo: não sou fã de nenhuma das celebridades que está lá (talvez o Cuvier, mas nem tanto);
Terceiro: fui porque “todo mundo vai”;
E quarto: Só subida!!!!! Foi lá que machuquei o pé e inflamei um nervinho (estou me sentindo com muito mais que 27 anos essa semana! J)

Mas deixando de ser rabugenta... Tem coisas bonitas lá, alguns túmulos, o crematório e o jardim deste último. Mas é bonito para quem gosta, eu não gosto! J
Túmulo do Oscar Wilde

Depois, continuamos caminhando... Chegamos à praia de Paris, mas nesse dia choveu! J Estava muito quente e de repente fez um frio considerável à beira do Sena... Andamos mais um tantão em busca de mais um ônibus qualquer, não achamos e pegamos metrô mesmo!

Grand Galerie d'Evolution
Cansadas e um poucos frustradas com o passeio de sábado, pouco foi dito sobre o que fazer no domingo. Acordamos tarde, e despretensiosamente decidimos ir à Galeria de Evolução do Museum national d’Histoire naturelle! Perfeito! Compensou todo o sábado!

Lá lembro por que desde tão cedo (6 anos) escolhi estudar Biologia! Voltei à infância! Animais de todos os tipos, de todo o mundo, salas de projeções com vídeos, guias de leituras, dioramas interativos, pôsteres atraentes, grandes temas por andar... Além de gostar muito da organização do museu, adorei a estética, luz, tudo! Claro que por trás dessa minha euforia eu deixo escapar alguns probleminhas... Alguns dioramas quebrados, sem luz, alguns cartazes muito escondidos, ausência de monitores... Mas nada que faça muita falta. Ah, algo que eu notei nos museus daqui (em todos que visitei até agora) é que nas galerias sempre temos cadeiras, sofás, banquinhos para descansarmos. Parece irrelevante, mas considerando o tamanho das exposições acaba se tornando algo fundamental.

E algo impressionante também, e que eu acho muito bom, é a quantidade de famílias visitando os museus (não turistas, mas parienses mesmo). Eles se interessam, lêem, discutem, se admiram, muito bom ver isso! Na seção de animais extintos havia uma senhora ao meu lado, que se admirava em cada diorama, com cada animal! Lia tudo, inclusive chegava muito perto para ler os quadros dos dioramas que estavam sem luz!

Além da exposição permanente, fomos à exposição temporária “Dans l’ombre des dinosaures” (Na sombra dos dinossauros). Mais moderna e interativa, terminando com uma reflexão para o público. Muito bem pensada!

Raviolis
Depois, mesmo muito cansadas, demos uma volta pelo Jardin des Plantes e pegamos mais dois ônibus aleatórios para jantarmos num restaurante chinês (hahaha, estamos na França e saímos para comer comida chinesa!) os tão famosos raviolis (guioza de salsão com gengibre).

Falando nisso, Paris é um local muito bom para quem é vegetariano. Além da variedade, os pratos são bons. Muita salada, com variedade, pizzas, massas, comidas orientais (como já provamos vááárias), carne de soja e ontem provamos um “quibe” de fava. Muito bom!!! Nós reclamamos da comida daqui, mas na verdade é que a gente sente muito com a diferença de hábitos. A comida daqui é boa sim. Bem boa... Vou sentir falta do croissant, dos queijinhos, das saladas, de alguns docinhos... Mas ainda gosto mais da nossa!

Falando ainda de comida... A França já foi bem famosa pelo consumo e preparo de carne de cavalo. Hoje é muito difícil de encontrar. Inclusive encontrei adesivos pela cidade (especialmente no metrô) fazendo apelos para que não seja mais consumida a carne de cavalo. Até aí tudo bem. Cada um defende o que acredita, comer carne ou não comer. Mas o que achei engraçado que esse apelo não vem de vegans ou vegetarianos... São de grupos de pessoas que comem carne de vaquinha, de porquinho, de franguinho, peixinho... Achei engraçado... Porque matar e comer a vaquinha, o porquinho, o franguinho, o peixinho, o patinho (tem muito foie gras nos mercados) e não o cavalinho? Achei um pouco incoerente... Alguém brincou e me disse “Porque não foi a vaquinha que lutou junto aos soldados nas frentes de batalhas...”, se realmente for isso, aí que vou achar mais incoerente mesmo...
Praça da Bastilha

Ah, a frustação foi tanta que esqueci... Fomos à famosa praça da Bastilha e... E nada. Apenas um monumento bem sem graça (comparado à tudo ao que já vimos)  e sem nada em volta.

Bom, foi isso. Depois disso comecei a dar pane, hahaha. Preciso recuperar logo a saúde e o ânimo. Acho que recuperando a primeira, o segundo vem junto! J

Até o relato hoje foi breve! Ah, descobri o nome da minha colega de sala! Nelly! J

Beijos!!!

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